segunda-feira, 30 de julho de 2012

Celebrando a Suiça


Olha que engraçado, todo dia eu chego na empresa e digo "Bonjour, Bonjour, Bonjour, Morning, Morning, Morning!"  (3x Bom Dia em frances e em ingles). Sempre começo meu emails por "Hi There,". E hoje vim começar o dia no computador e travei, nao sabia como começar, minha cabeça deu um tiuti! 

Deve ser sintoma do promeiro dia de ferias, que mal começou e já to achando curta demais. To em casa por uma semana, aproveitei o feriado do dia nacional pra descançar.

O dia nacional, ou Festa Nacional da Suíça foi oficializado em 1891, mas nao era realmente nacional, porque alguns estados nao comemoravam. Só virou oficialmente nacional em 1994. Celebrasse o dia do primeiro tratado que deu origem a Suíça, na época eram 3 estados, que em 1291 se uniram numa confederação. Hoje sao 26 estados. É a época do ano que colocasse bandeiras nas janelas, decora a casa com lanternas e tudo que der vermelho. Cada cidade organiza uma festa, com barracas, eventos musicais. Lu e eu aproveitamos e demos uma volta sábado, qdo tiramos essa fot aí em cima.

Eu gosto bastante dessa época pois as lojas de decoração vendem varias coisas vermelhas em promoção. Ver as pessoas usando camiseta do pais, enfeitar a casa pra celebrar união também é bom. Nao aprendemos a sentir isso no Brasil, vestir a camisa aí só no futebol. 

Aqui também tem politicagem, corrupção, racismo, também tem roubo, contrabando, trafico, mas mesmo assim ainda se aprende a ser cidadão, a cuidar da sua cidade, a respeitar o próximo e a gostar do seu pais. Então nao tem desculpa pra nao vestir a camisa do Brasil fora da copa. Ah e por favor, vestir a camisa do Brasil pra viajar pela Europa é ridículo! Tão amador, só vai atrair aproveitador e batedor de carteira. "Olha ali o brasileiro endinheirado".

Voltando pra minha ultima semana, assistimos a abertura das olimpiadas interinha. Que máximo. Depois de Beijing eu tava esperando uma monstruosidade de efeitos especiais e a Inglaterra fez muito bonito, foi original e celebrou do seu jeito. Achei fantástico que todos os países mandaram pelo menos uma mulher, que teve um pouco da história do pais e nao das olimpiadas e que os trabalhadores que construíram o estádio puderam participar. Foi uma festa justa como as olimpiadas deve ser.

Eu sei que no Brasil vai ser um carnaval, que vão dar pros malas da Globo fazer e vão por parintins, mangueira, a chaterrima da Débora nao sei o que pra dançar e outras coisas que carioca acha que é cultura ou que é Brasil.  Deviam estar investindo em esportes e ter brasileiro em todas as modalidades em Londres, mas estão mesmo é preocupado com os umbigos e com fazer dinheiro em cima da copa. Que tudo indica será um fiasco. 

Contei pra vocês que quando estrava no Rio a trabalho no hotel nao tinha ninguém que falasse inglês? Uma vergonha. Um senhor americano tava roxo de tanto gritar com o cara da portaria que nao entendia uma palavra de inglês e respondia em português pro cara voltar outra hora, quando o gerente estivesse lá. O americano só queria a senha da internet. Estava esperando um taxi e ajudei o porteiro. Mas imagina na copa? E nas Olimpiadas? Na China o inglês era ruim, mas pelo menos o governo investiu em treinar o povo.

Na China, 4 anos antes dos jogos, começaram a testar as flores das ruas, todo ano na época que seriam os jogos plantavam flores diferentes nos canteiros pra ver qual duraria mais tempo e melhor, pra planejar como enfeitar a cidade pro evento. Onde que vemos esse nível de planejamento no Brasil? 

Eu sei que tirei o dia pra reclamar do Brasil, é que uma amiga me mandou uma foto do lugar onde ela vai morar e eu fiquei tão decepcionada, uma rua central, essencial pra cidade, toda esburacada, calçada aos pedaços, postes cheio de fios. Fiquei inconformada. Por que nao se faz serviço direito? Nao canaliza os fios, mantém as calçadas, planta umas arvores.... 

Eu tenho pra mim que no momento que você abandona seu pais tem que parar de falar mal dele. Simplesmente porque vc nao paga mais impostos lá, nao vota (só pra presidente), nao participa da comunidade. Enfim, se nao ajudar em nada cala a boca e nao reclama. Mas hoje quebrei minha regra e nao me agüentei. Precisava desabafar com vocês. Queria muito ver um Brasil diferente, um Brasil pro qual eu me inspirasse a voltar.



domingo, 22 de julho de 2012

A Paella e a Pancada


Voltamos a escola culinária pela quarta vez, nessa aprendemos a fazer paella. O conceito de cozinhar e jantar com pessoas que nao conhecemos é bem interessante, mesmo que nao mantemos contato ainda é bom variar a conversa um pouco.
Fizemos uma salada de entrada, com crostine, que é um pão com qualquer coisa em cima, como brusqueta, mas quente. E de sobremesa fizemos ilha flutuante (isla flotante) que é uma sobremesa francesa que eu já tinha comido uma vez num restaurante e tinha odiado o gosto forte de ovo cru, mas a que fizemos era deliciosa e nao tinha gosto de ovo, mas de morango e amêndoas, amei!

O Lu mandou super bem na paella, até fez pra mim no final de semana sozinho! Acho que ficou nao só melhor, mas tbem mais bonita do que a que fizemos com o professor na escola. Essa aí da foto foi o Lu quem fez.

Essa final de semana nao fizemos nem os afazeres domésticos, só agora, oito da noite de domingo, coloquei roupa na maquina de lavar. É que sexta sai do trabalho e fui no mercado (tipo atacadao) sozinha, voltei pra Lausanne e peguei o Lu, já cansada, e ao descarregar as coisas do carro bati com a cabeça com tudo na porta do porta-malas, resultado muita dor de cabeça, só consegui cozinhar no sábado graças a dorflex, mas assim que o efeito passou a dor voltou com tudo. Nao dormi nada por dois dias então fui no pronto socorro hoje e me deram remédio. Dormi dopada a tarde toda. Agora que acordei e estou bem melhor. Fiz exames neurológicos e nao deu nada, só tenho um pequeno hematoma na cabeça e a dor teria sumido antes se ao invés de tomar aspirina eu tivesse tomado paracetamol. Na sexta tomei 2 aspirinas depois da batida e a medica disse que isso fez piorar a dor, porque evita que o sangue coagule, sábado tomei mais 2 que ferrou tudo de vez. Ela me recomendou paracetamol e ibuprofeno.

Enfim, nao aproveitei o sábado de chuva, porque nao conseguia dormir, nem o domingo de sol pois nao fiquei acordada. E amanha volto ao batente. Por que eu nunca fico doente durante a semana?




terça-feira, 17 de julho de 2012

Festival de Montreux

Faz tempo que quero falar do festival de Montreux e nao sei bem por onde começar, então decidi começar pela perspectiva de quem mora por aqui e espero que vocês nao desistam da leitura. Pros moradores de Montreux, o festival é um pesadelo, restaurantes, mercados, transporte lotado, ruas fechadas ao transito, um sofrimento. Pra completar sempre é na primeira quinzena de julho, mesma época das ferias escolares em que o governo aproveita pra reformar as rodovias, então ou você sai da Suíça ou suporta a loucura. 
O coração do festival esta na orla, na beira do lago com os músicos esparramados e barracas de comidas lotadas. Nao cabe nem mosquito de tanta gente, se tiver sol e for final de semana entao pode esquecer. Junta isso com muito álcool e gente com diferentes noções de educação, um coquetel pra tirar qualquer um do serio. 
O meu problema é que apesar de todo esse inferno eu nao consigo resistir, na primeira oportunidade quero ir ver e viver o clima de música que só existe no festival de Montreux. 
É um palco porta pra vários artistas aparecerem e conhecer outros, pra mim é só um lugar pra ir jantar ouvindo música, mas pros novatos é oportunidade e pros antigos nostalgia. 
Ano passado pagamos uma granas pra assistir um show sem graça em que o BBKing praticamente só conversou com amigos e nao tocou nada, mas depois do show teve o "after show" um bando de gente famosa e desconhecida de diferentes bandas que estavam por ali assistindo e subiram no palco pra tocar, Carlos Santana dando canja, foi legal demais e nem preciso dizer que só entrar no auditório de Montreux que parece um barco de madeira gigante já vale é lindo.
Esse ano nao compramos nenhum ingresso, ficamos só nos shows gratuitos. 
Eu querias ir num show brasileiro, todo ano tem uma noite brasileira, esse ano teve Jorge Ben e Adriana Calcanhoto(?). Mas acho ela chaterrima. Lu até disse que queria ir na noite brasileira no dia que os Paralamas viessem, mas todo ano é a mesma coisa, ano passado foi Ana Carolina e Adriana Calcanhoto. 
To aqui tentando escrever no trem, fui a Genabra renovar meu passaporte, mas estou rodeada de velhinhas falando suíço alemão, tem umas 6, e pra completar tem uma indiana que ta falando no celular já faz mais de meia hora. Eita mulherada tagarela.
Vontando ao festival, ave a mulher finalmente desligou o celular! Vale a pena visitar a Suíça nessa época, mesmo se a grana for curta e nao der pra ir num show, principalmente nos dias de tempo de chuva que a orla fica mais vazia. 
Agora ela ta fuçando nas sacolas, sao varias, e o trem ta cheirando curry. Muito figura.
Eu aproveitei que algumas meninas do meu time veio de Madrid pra trabalhar e fui passear em Montreux com elas, tbem fui com o Lu jantar e até planejamos de voltar no final de semana mas mudaram a agenda e a orquestra que queríamos ver nao apresentou então desistimos. 
Talvez essa satisfação de ver o festival de volta todo ano esteja relacionada com a chegada do verão, que mesmo nao sendo lá dos melhores, ainda mais esse ano que esta péssimo, ainda é sol dia e noite e ainda da pra usar chinelo e vestido. Acho que junta música, sol, "calor" e Suíça e me anima a encarar toda a loucura que o festival de Montreux representa pra quem mora por aqui.
Nao posso acabar esse poste sem incluir uma notinha, Monteux Jazz Festival é muito mais legal com amigos, entao espero que vocês fiquem curiosos pra conhecer o festival e venham me visitar ano que vem. Ano passado tivemos a Candice e o Carlos por aqui no festival e foi bom demais, mesmo com todos os "Aí que lindo!" da Candice :-) nos divertimos muito. Aí que saudades de vocês dois.

domingo, 1 de julho de 2012

Meu Marido Lindo

Essa semana foi aniversario do meu marido lindo. Compramos umas camisas novas,  preparamos um jantar especial juntos e eu enchi ele de beijos. 

São 36 anos de vida, e um terço dela viemos caminhando juntos. O Lu é minha paz, e quanto mais tempo passamos juntos melhor fica.